sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A melhor Lei: "É proibido proibir".

Os vereadores de Belém do Pará, à semelhança dos macacos, demonstraram sua inclinação à mimese e decretaram que a Cidade é uma metrópole global.
A Câmara Municipal elevou Belém a categoria de “primeiro mundo” pelo ato imitativo de proibir o fumo em locais públicos.
Com tantas aberrações na miserável capital do Pará os “representantes dos cidadãos” brincaram de legiferar; tal qual a Assembléia Legislativa do Estado do Pará, que ideou a Lei do Fio Dental, obrigando restaurantes a fornecer o artefato — em ambos os casos o bom senso, exclusivamente adquirido pela educação, imperaria.
Égua, nem na Ditadura Militar se proibiu tanto quanto hoje, puta que nos pariu!
Atitudes estúpidas como essas não atrairão turistas porque Belém prescinde de serviços públicos básicos como água potável nas torneiras, saneamento, saúde, habitação, educação, cultura, segurança, limpeza urbana, fluidez no trânsito, dentre tantos et ceteras da vida em sociedade que esses borra-botas politiqueiros "cagam mole" pois dar-lhes-ia trabalho real.
A conseqüência dessa bravata, além de tirar o pouco que resta da liberdade individual, será o esvaziamento da Cidade — o que é péssimo à economia já capenga pelos efeitos de outras imposições cretinas.
Os símios são bem mais criativos e engraçados que os edis!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Uma autoridade na arapuca.

O Procurador do Estado do Pará, Paulo de Tarso Dias Klautau Filho (foto), protagonizou cenas de arrepiar o fiofó dos que dirigem depois de beber e, por consequência, estão sujeitos às sanções da Lei e ao espalhafato da mídia.
Paulinho Klautau, como é chamado por muitos, foi filmado na Delegacia Seccional do Comércio de Belém ao discutir com policiais depois de ser detido em blitz na avenida Doca de Souza Franco na madrugada de quarta-feira, 12 de agosto de 2009, acusado de guiar automóvel sob efeito de bebida alcoólica.
À tarde o Procurador deu entrevista coletiva à imprensa pedindo desculpas às autoridades policiais envolvidas — as quais ele escusar-se-á de modo pessoal — e, principalmente, à sociedade.
O vídeo clandestino, captado por meio de um telefone móvel, alastrou-se nacional e internacionalmente e; por sorte, ou deferência conquistada; as edições levaram consigo o antídoto do comunicado feito por Klautau às televisões locais; senão, as consequências à sua estatura pública assemelhar-se-iam ao curare.
Essa solicitação de clemência não apagará o material arquivado no Youtube, nem inibirá o trâmite processual; contudo, soou como atitude digna, humilde e espontânea; tanto de um cidadão, quanto de um Procurador de Estado; fato inédito no Brasil.
Paulo de Tarso Dias Klautau Filho possui um currículo acadêmico e profissional brilhante e invejável, mesmo que omita alguns feitos seus da Plataforma Lattes; a exemplo da ocupação do cargo de Procurador do Estado do Pará, concursado em 1996 — justamente o que interessou em demasia à polícia.
Não se percebe no comportamento social de Paulinho Klautau nenhuma empáfia ou indício de intolerância, ao contrário: é afável e modesto.

Entusiasta de discussões acaloradas, trata seus interlocutores com intimidade e proximidade, sem que isso seja interpretado como desrespeito ou desacato. De humor arguto, vai pouco aos jargões do Direito e não abre mão de gírias para se fazer entender tanto por doutos, quanto por leigos; dosa bem a ironia. Salvaguardadas as devidadas proporções, lembra-nos o artista plástico Pedro Paulo Condurú, o irreverente P.P. — em comparação de estilos, pois fisicamente se parece com o ator Pedro Cardoso, que faz o Agostinho da Grande Família.
Em outras palavras: tem perfil demarcado, de fácil compreensão.
Por isso se percebe, no copião que originou as montagens escandalosas, uma orquestra pronta a irritá-lo.
Arapuca essa que enalteceu a LEI SECA e seus agentes aplicadores, maculando o Procurador Paulo de Tarso Dias Klautau Filho.
Desse jeito mano velho, só dando uma geral na Angélica.
BLOG GB
Postscriptum:
O Blog HB é contrário à Lei Seca, apesar de tudo fazer para obedecê-la. No dia 11 de agosto de 2008, há um ano, postamos Lei Seca: Brasil promove-se ao primeiro mundo por veleidade do Congresso: quase uma predição do ocorrido, ao qual, quando bêbados, estamos todos vulneráveis.
À máxima como consolo: "É melhor ser um bebum famoso que um alcoólico anônimo!".

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A escrotice da Coca-Cola.



O Fiat Uno Mille placa JVB-9769 ostentando a logomarca da multinacional COCA-COLA e o número de identificação corporativa 250; sábado, dia 08 de agosto de 2009, entre 19:30 e 23:30 horas; rasgou o Código de Trânsito Brasileiro — Lei nº 9.503, de 12 de setembro de 1997. Segundo o que dispõe o CTB, no Capítulo XV (DAS INFRAÇÕES), “Art.181”, é proibido estacionar veículos: “I- nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo da via transversal...”; “IX- onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada à entrada ou saída de veículos...”; e “XV- na contramão de direção...”.

Como o 0800-911314 e/ou o novo ("zeroitomil") 08000-911314 da CTBEL — Companhia de Transportes do Município de Belém — são o engodo dos engodos institucionais públicos, não contactou-se nenhum guincho e o carrinho da COCA-COLA permaneceu a atrapalhar a vida dos moradores da residência por quatro horas consecutivas. O “politicamente correto" seria secar-lhe os pneus ou arredá-lo, no muque, para o meio da pista; todavia, este post estorvará mais que a filhadaputice do motorista.

Postscriptum: escrotice e filhadaputice são neologismos sinônimos da língua portuguesa do Brasil. No caso em voga não existem substitutivos à altura de suas significações.


Realidade: uma multinacional que desrespeita as normas básicas de convivência de um país de miseráveis, que por conveniência à ignorância, a alimenta e reverencia.


Virtualidade: o escroto motorista da COKE fazendo merda com glamour: um exemplo à COCA-COLA de Belém do Pará: "O FIM ESTÁ PRÓXIMO" tem mais sentido que "DÊ UM POUCO DE AMOR". (A despeito da relação direta da peça publicitária com os games tipificados como Grand Theft Auto — GTA.)

Correio do Pará: os feitos da intendência de Belém em 1929, segundo o jornal do Partido Republicano Federal.

O que se vê acima é o convite de aniversário — 18 de novembro — do intendente de Belém, Antônio Facióla, no ano de 1929. Seria uma miniaturização da primeira página do Correio do Pará, “Propriedade e Órgão do Partido Republicano Federal” em fotografia de 11x14,5cm. A digitalização desse documento está com 5,18MB; infelizmente o Blogger o posta, ampliado, com o máximo de 514KB. Todavia um artifício poderá propiciar a curiosa leitura: clique na imagem para ampliá-la e a salve, no formato JPEG, em seu computador — o zoom do Picture Manager e os efeitos de brilho e contraste permitirão uma compreensão razoável do conjunto.
Futuramente reproduziremos o conteúdo do texto exibido nessa página do Correio do Pará que está incompleto; faltou-nos a finalização presente no verso da folha, provavelmente curta.
Se alguém se interessar pelo arquivo original, envie-nos o e-mail de contato que o responderemos com o anexo de 5,18MB.

Recorte da foto à avenida Tito Franco, às vésperas de sua inauguração, em 1929. No Correio do Pará lê-se: "Construiu uma estrada de rodagem no eixo da avenida Tito Franco, desde a praça Floriano Peixoto, completamente macadamisada. Determinou que fosse experimentado o asphalto conhecido sob a designação de 'Road Oil' para proteção e impermeabilisação da parte superficial dessa estrada." (SIC)



As fotografias de um álbum de sua filha Inah Facióla registraram o andamento das obras do intendente, justamente nas duas avenidas onde o mesmo possuia o Bem-Bom e o Palacete Faciola, ambos desapropriados pela Prefeitura Municipal de Belém e pelo Governo do Estado do Pará, respectivamente.

Hemopa: correspondência atrasada.

Que ninguém duvide que o Hemopa — Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará — seja uma instituição de excelência; basta pesquisar os noticiários ou ir até lá para conferir. Contudo, suas comunicações aos doadores de sangue têm demonstrado falhas.
Na correspondência aqui postada — o doador não recebeu nenhuma notificação telefônica preliminar para ir ao hemocentro — observa-se que a data de coleta de sangue foi em 21 de maio de 2009, devendo o mesmo ter comparecido ao Hemopa em “07 (sete) dias úteis” “para nova coleta de amostra” a partir de 13 de junho de 2009, ou seja: em 23 de junho de 2009, mas esse aviso só foi postado em 03 de agosto de 2009 na Agencia Central do Telégrafo Sem Fio.
A pergunta é: e o sangue, se perdeu?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

UFPA: Licenciatura em Música permanecerá no Campus do Guamá.

O blog da Licenciatura em Música da UFPA (Música UFPA Graduação) postou três “documentos novos” para explicitar a atitude coletiva de seus professores, que não pretendem, “sob qualquer alegação, concordar com a nossa saída do Campus." Universitário do Guamá, mais precisamente do Ateliê de Arte.
Acesse tais "papéis" a partir dos links (documentação ampliável à leitura no blog):
1)
Documento novo 01: ata da reunião extraordinária de 03/08/2009 que deliberou pela permanência da Graduação em Música no Campus do Guamá;
2)
Documento novo 02: memorando à Pró-reitora de Ensino da UFPA; e
3)
Documento novo 03: memorando ao Magnífico Reitor da UFPA.
Além da deliberação contrária aos interesses do Instituto de Ciências da Arte — ICA — e do curso técnico de Música — EMUFPA —, os professores da Licenciatura em Música da UFPA solicitaram a revisão do Regimento Interno do ICA para que o mesmo se coadune ao Estatuto e Regimento Geral ora em vigência na Instituição Federal de Ensino Superior — querem eles saber por qual parâmetro o curso superior é subalterno ao curso técnico.
A mais legítima vindícia do corpo docente efetivo da Graduação em Música é a ampliação de seu quadro docente que conta com apenas 09 (nove) professores efetivos para atender a demanda de 46 disciplinas distribuídas entre Belém, Soure e Oriximiná.
O reduzido quadro de professores do Magistério Superior no curso de Música (3º grau) seria uma estratégia de enfraquecimento político da graduação e uma “brecha" para que os docentes do ensino técnico, lotados na EMUFPA, ministrem aulas na Licenciatura em Música; um desvio em suas funções.
Outra questão abordada nos memorandos enviados ao Magnífico Reitor e à Pró-reitora de Graduação diz reipeito a verba do REUNI — Reestruturação e Expansão das Universidades Federais — de R$5.881.000,00 (cinco milhões, oitocentos e oitenta e um mil Reais) destinada à construção da Escola de Música.
Sobre esse assunto os professores da Graduação em Música afirmaram que não participaram de nenhuma proposição encaminhada ao MEC — Ministério da Educação — com o objetivo de captar recursos do REUNI.
Foram eles alijados dos debates com referência a um programa federal que destina numerário especificamente ao nível superior, ou seja: a eles próprios.
"Está claro que fomos e seremos os eternos 'laranjas' nessa história surreal e absurda; até o dia em que o CONSUN repare esse descomedimento hediondo na Federal!", comentou Ana Luiza Coutinho da Silva Leal, Coordenadora da Graduação em Música e única docente efetiva em atividade na UFPA à época da "orquestrada" criação do ICA: fevereiro de 2006.
O restante dos professores cursava programas de pós-graduação fora da sede e do Estado do Pará; instante propício para impor um "instituto" costurado pelos gabinetes da Adminstração Superior desde o primeiro mandato de Alex Bolonha Fiúza de Mello — nesses ambientes narcísicos somente espelhos foram bem vindos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

UFPA: Licenciatura em Música reune com Pró-reitora de Ensino.

Os professores da Graduação em Música passaram a manhã e parte da tarde de ontem, dia 04 de agosto — terça-feira —, reunidos com a Pró-reitora de Ensino de Graduação da UFPA, Marlene Rodrigues Medeiros Freitas (foto), advogada e professora do Instituto de Ciências Jurídicas.
O Colegiado da Licenciatura em Música consultou aquela pró-reitoria sobre a licitude da sua submissão à estrutura do curso técnico, determinada no organograma adotado pelo ICA — Instituto de Ciências da Arte — para gestão da subunidade acadêmica denominada Escola de Música.
Em reunião realizada em 27 de julho passado, com o Reitor e a direção do ICA, fora dado o prazo de 10 dias para que esses docentes decidissem se sairiam ou não do prédio do Ateliê de Arte do Campus do Guamá, para se instalarem na “Casa da Conselheiro”, sede da EMUFPA — Escola de Música da UFPA.
No dia 28 de julho — um dia após a reunião com o Reitor — a professora Valéria Cristina Marques criou o blog
Música UFPA Graduação e nele postou uma série de documentos comprobatórios das irregularidades que precederam a criação do ICA e, principalmente, as evidências do apartamento do corpo docente da graduação nas discussões ao longo do raciocínio de um "instituto" aprovado sob a luz do Estatuto e Regimento Geral antigos que não se adequou aos Estatuto e Regimento Geral atuais.
O blog da Graduação em Música alcançou nos 9 (nove) primeiros dias de existência quase 1400 visitas, uma notável média de 150 consultas diárias.
Hoje, dia 05 de agosto de 2009, expira o prazo dado pelo Reitor, Dr. Carlos Edilson de Almeida Maneschy, à deliberação dos professores da Música (curso superior).
O documento que será protocolado na Reitoria da UFPA dirá que “A Graduação em Música PERMANECERÁ em sua ‘casa’, o Ateliê de Arte, situado no Campus Universitário do Guamá!”.
O conteúdo do expediente vai além de uma simples resposta: o Colegiado de Música resolveu comprar uma briga institucional que seria impossível de ser travada durante o mandato de Alex Bolonha Fiúza de Mello: solicitará a revisão do Regimento Interno do ICA e sua conformidade às regras vigentes na UFPA.

Em conversa com a professora Valéria Cristina Marques ela nos disse: “O Curso Superior de Música não admite, em hipótese alguma, ser um joguete na UFPA; a Universidade Federal do Pará é um ambiente sério que forma profissionais que atuarão no contexto social amazônico, portanto, a Instituição deve prover-se de normas que não dêem margem alguma a vitupérios.".
O Música UFPA Graduação continuará no ar dando os informes sobre o processo originado pelo protocolo de hoje: "A discussão é pública porque a Universidade é pública e o dinheiro vem do suor dos brasileiros, portanto, não admitiremos 'atos secretos' que desvirtuem os fatos legítimos", complementa a professora da Licenciatura em Música da UFPA que assumirá em breve a Coordenação da Graduação, durante o período das férias regulamentares da titular, professora Ana Margarida Lins Leal de Camargo.