sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Uma autoridade na arapuca.

O Procurador do Estado do Pará, Paulo de Tarso Dias Klautau Filho (foto), protagonizou cenas de arrepiar o fiofó dos que dirigem depois de beber e, por consequência, estão sujeitos às sanções da Lei e ao espalhafato da mídia.
Paulinho Klautau, como é chamado por muitos, foi filmado na Delegacia Seccional do Comércio de Belém ao discutir com policiais depois de ser detido em blitz na avenida Doca de Souza Franco na madrugada de quarta-feira, 12 de agosto de 2009, acusado de guiar automóvel sob efeito de bebida alcoólica.
À tarde o Procurador deu entrevista coletiva à imprensa pedindo desculpas às autoridades policiais envolvidas — as quais ele escusar-se-á de modo pessoal — e, principalmente, à sociedade.
O vídeo clandestino, captado por meio de um telefone móvel, alastrou-se nacional e internacionalmente e; por sorte, ou deferência conquistada; as edições levaram consigo o antídoto do comunicado feito por Klautau às televisões locais; senão, as consequências à sua estatura pública assemelhar-se-iam ao curare.
Essa solicitação de clemência não apagará o material arquivado no Youtube, nem inibirá o trâmite processual; contudo, soou como atitude digna, humilde e espontânea; tanto de um cidadão, quanto de um Procurador de Estado; fato inédito no Brasil.
Paulo de Tarso Dias Klautau Filho possui um currículo acadêmico e profissional brilhante e invejável, mesmo que omita alguns feitos seus da Plataforma Lattes; a exemplo da ocupação do cargo de Procurador do Estado do Pará, concursado em 1996 — justamente o que interessou em demasia à polícia.
Não se percebe no comportamento social de Paulinho Klautau nenhuma empáfia ou indício de intolerância, ao contrário: é afável e modesto.

Entusiasta de discussões acaloradas, trata seus interlocutores com intimidade e proximidade, sem que isso seja interpretado como desrespeito ou desacato. De humor arguto, vai pouco aos jargões do Direito e não abre mão de gírias para se fazer entender tanto por doutos, quanto por leigos; dosa bem a ironia. Salvaguardadas as devidadas proporções, lembra-nos o artista plástico Pedro Paulo Condurú, o irreverente P.P. — em comparação de estilos, pois fisicamente se parece com o ator Pedro Cardoso, que faz o Agostinho da Grande Família.
Em outras palavras: tem perfil demarcado, de fácil compreensão.
Por isso se percebe, no copião que originou as montagens escandalosas, uma orquestra pronta a irritá-lo.
Arapuca essa que enalteceu a LEI SECA e seus agentes aplicadores, maculando o Procurador Paulo de Tarso Dias Klautau Filho.
Desse jeito mano velho, só dando uma geral na Angélica.
BLOG GB
Postscriptum:
O Blog HB é contrário à Lei Seca, apesar de tudo fazer para obedecê-la. No dia 11 de agosto de 2008, há um ano, postamos Lei Seca: Brasil promove-se ao primeiro mundo por veleidade do Congresso: quase uma predição do ocorrido, ao qual, quando bêbados, estamos todos vulneráveis.
À máxima como consolo: "É melhor ser um bebum famoso que um alcoólico anônimo!".

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